Volume I
Carpeaux Otto – editora “Senado Federal” – Brasilia 2011
- literatura 2. historia 3. critica 4. sociedade
Neste primeiro volume, o leitor encontrará rigorosa introdução, em que o autor expõe seu método de abordagem e sua práxis como historiador e crítico literário: uma introdução densa que vale como ensaio sobre a historiografia literária e sua metodologia. Logo o leitor terá o início desta grande aventura. Carpeaux, neste volume, vai buscar as origens da nossa literatura ocidental na Grécia antiga e no mundo romano, além de acrescentar os fundamentos cristãos e o papel do cristinanismo na afirmação da nossa cultura e literatura. O leitor também encontrará o que o mestre chamou de A fundação da Europa e de suas literaturas e a época medieval.
Também faz parte deste volume a transição entre a literatura da Idade Média e o Renascimento. A renascença é estudada com todo o rigor. Logo o “Trecento” e o “Quattrocento” serão vistos por intermédio de leitura ampla e judiciosa sobre ambos os períodos, nunca esquecendo a ambientação histórica, a dialética do analista e o caráter singular e estético das obras dos grandes autores. Uma visão das mais acuradas feita pelo mestre austríaco-brasileiro que contribuiu de maneira substantiva para o desenvolvimento da nossa historiografia e crítica literárias
“Otto Maria Carpeaux podería ter sido do que quisesse: cientista, professor, crítico de arte, de música ou literatura, lider politico, doutrinador. (…) Além de ser um homem apaixonado, voluntarioso, combativo, Carpeaux era desses casos raros de capa cidade universal, pois lia e aprendia muitas vezes mais do que os outros.”
Antônio Cândido
“O estilo de Carpeaux é muito especial, muito direto, muito denso. O conhecimento de tantas literaturas fundamente assimiladas, imprimiu-lhe, ao mesmo tempo, o máximo de variedade e concentração.”
Álvaro Lins
“Quando chegou ao Brasil, e se fez brasileiro de coração, alma, pensamento, a sua doação à nossa cultura foi precisamente esta: a do humanismo. Enriqueceu o nosso saber, aproximando-nos ainda mais da única linha com a qual a cultura brasileira deve correr paralela, se quiser ser uma das sustentações do Ocidente: a da cultura européia.”
Franklin de Oliveira
“O ensaísmo de O.M. Carpeaux é um diálogo com historicidade profunda de todas as obras. Essa posição pode, como tantas outras, virar fórmula e produzir leituras redutoras. Mas em um leitor dialético (e Carpeaux foi nosso primeiro leitor dialético) o risco evita-se desde o primeiro passo.”
Alfredo Bosi
“Esta História da literatura ocidental, escrita em menos de dois anos pelo gênio austríaco-brasileiro de Otto Maria Carpeaux, é simplesmente a maior e melhor história da literatura que se conhece em qualquer língua e em todo o mundo.”
Mauro Gama
Otto Maria Carpeaux (1900 – 1978), cidadão austríaco e brasileiro, estudou matemática, física e química na Universidade de Viena, onde se doutorou em letras e filosofia. Paralelamente, dedicava-se à música e às ciên-ias humanas, orientou-se na linha de pensamento que vai do historicismo alemão à dialética da História. Patriota, combateu o nazismo e a anexação da Áustria pela Alemanha, tendo sido obrigado (1938) a refugiar-se na Bélgica. Em 1939 emigrou para o Brasil, onde escreveu a maior parte de sua obra (já publicara cinco livros na Europa): A cinza do purgatório, ensaios (1942), Origens e fins, id. (1943), Presenças, id. (1958), História da literatura ocidental (1958-66), Uma nova História da música (1958), Livros na mesa, ensaios (1960), A literatura alemã (1964), O Brasil no espelho do mundo, artigos políticos (1965), A batalha da América Latina, id. (1966), 25 anos de literatura (1968), além de outros livros e numerosos prefácios, introduções, verbetes de enciclopédia…
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