A censura tem sido a principal arma do Estado contra qualquer discurso que ameace sua autoridade e/ou exponha seu real sentido. Seja em Berlin, ou em Brasilia, é ilusao acreditar que se pode especular sobre qualquer coisa na internet nos dias de hoje. Em nome do “bem comum”, as inocentes autoridades já prenderam, perseguiram, exilaram centenas, ou até milhares de pessoas por crimes de opinião em cada país nos últimos anos.
Na Alemanha, o inimigo número 1 do Estado é ‘Ken Jebsen’. O pseudônimo foi criado pelo radialista teuto-iraniano Kayvan S. Siavash, como um personagem para seus programas. Muito controverso, Jebsen sempre deu espaço às teorias extremas nas produçoes que encabeçou. Durante a pandemia do corona ele foi o primeiro que denunciou todo o alarmismo-Lockdown como um “grande teatro global”.
Acabou defenestrado do pais, com todos os seus contratos cancelados e contas bloqueadas. Até hoje é pixado nas buscas do Google como um “teórico da conspiração”, até mesmo os programas e entrevistas com ele são ainda boicotados pelo YouTube sem que o público perceba.
Prática do poder
Outro teórico da conspiração que tem dado trabalho ao establishment alemão é o empresário Phillip Hopf. Em repetidas entrevistas ele tem defendido a existência de um plano global induzido para dominar a humanidade, inicialmente promovendo a dissolução do tecido social através de drogas e entretenimento, e em seguida impondo um plano de padronização implacável.
Por mais nefasta ou louca que seja sua tese, ele tem o direito de explicá-la publicamente. Ou seria melhor censurá-lo? Que segredos ou ousadias possui uma pessoa para ameaçar tanto a quem manda no país? Questionamentos que qualquer pessoa faz poderiam revelar muito da prática do poder no mundo.
No Brasil essa prática nao é novidade. Há décadas jornalistas são destruídos tentando revelar falcatruas de muita gente no poder público. Paulo Francis, Paulo Henrique Amorim, Lucio Flavio Pinto, Elmar Bones, entre muitos outros.
Vitoria da conspiração
A eleição de Lula mostrou que a conspiração venceu no final. Ficou claro que quem o colocou na prisão, também o tirou de lá para virar mais uma vez presidente.
De lá pra cá, a regra é o controle da mídia. Seja jurídico ou pecuniário. Neste sentido, o recente caso do canal de Podcast FalaGlauber multado pelo Ministério Público em 200 mil Reais é exemplar.
O canal, produzido por um policial penal federal, é voltado ao público militar e interessado em segurança pública. Com entrevistas semanais, Glauber e Mano Wagner tentam apresentar a expertise de cada convidado de forma humilde e curiosa.
Extremismo midiático
Após uma série de entrevistas com figuras controversas do extremismo midiático tupiniquim, o canal foi acusado pelo MP de incentivar “discurso racista”. A prova do crime são os mais de dois milhoes e meio de assinantes do canal, ou o que seria na interpretação da justiça, o “potencial dano” usado para definir o valor da multa. Vale perguntar: Qual o valor do esclarecimento público na avaliação do judiciário?
Sem nenhum constrangimento ministros do STF têm feito apologia à regulação e proibição de conteúdo crítico ou estranho a narrativa oficial. Isso quando não abusam do seu poder em ofensas privadas, como ocorreu no caso entre a família Mantovani e o ministro Alexandre de Moraes no aeroporto de Roma em 2023.
Censura velada
Mas entre todas as censuras a mais cruel delas é a velada. O tema do excesso de mortalidade nos países onde os dados têm sido coletados e disponibilizados é a melhor ilustração. Segundo os dados coletados e apresentados pelo Data Explorer da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OECD), desde a vacinação contra a Covid-19 os números apresentam um aumento significativo e persistente na média anual.
“Temos muitas similaridades entre países, mas vemos também que, onde temos os dados, há uma tendência que se mantém por todo 2022, 2023 e 2024, e ninguém parece se importar muito com isso”, aponta o professor John Campbell em seu canal no YouTube.
Segundo a análise das informaçoes da OECD entre janeiro de 2023 e Abril de 2024 a média semanal do aumento do número de mortos é de 7,9% na Gra-Bretanha, representado em um extra de 63.455 pessoas mortas. Nos Estados Unidos morreram 366.894 pessoas a mais durante o mesmo periodo, contabilizando 10% acima da média.
Padrao Comum
Outros paises como Iralanda, Holanda, Dinamarca, Australia, Nova Zelandia, Japão, Coréia do Sul, Taiwan, Tailândia, Canadá, e Israel apresentam crescimentos maiores e também persistentes. Isso em países ricos e poderosos. O Canadá chega a ter 19% de mortes extras, Israel tem 12,5%, Holanda 13%, Nova Zelandia 15.3%, Dinamarca 14,6%, Coreia 18%, e Japao 20%. “Quando observamos só os numeros semanais de 2024 é possível ver uma oscilação persistente entre 28% e 5%, e que se mantém ao longo do tempo”, afirma Campbell.
Ele também informa que a Austrália é o único país até agora a ter uma investigação oficial sobre a questão do excesso de mortalidade. “A maioria dos países parecem não estar se importando muito com isso”, atesta o professor de Enfermagem aposentado e hoje um dos mais renomados YouTubers do Reino Unido.
Essa “negação da própria taxa de mortalidade” fica realmente clara ao ver que nem mesmo o excessso de mortes em Singapura (25%) parece assustar o seu próprio governo. Será que números assim assustariam também os chineses se fossem divulgados com alarde? Segundo o MacroTrends, a China apresenta uma taxa de mortalidade 2,2% acima da média no momento, seu ponto mais alto desde quando comecaram os registros em 1950. Interessante notar que esse aumento “fora da curva” comeca a aparecer no gráfico justo em 2019, ano do início da pandemia na China.
Teorias à parte, o minimo que o Estado, que se diz de direito, deveria fazer é responder com transparência a todas as indagacoes nao só de jornalistas, mas do povo em sí. A censura, como prova a experiência, só aprofunda rancores e ressentimentos. Já a transparência pela verdade liberta nao só o corpo, como a alma.
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